Enfurecido o Grão-Duque parte para cima do sacerdote cristão, desferindo-lhe uma bofetada no rosto, arrancado sangue de sua face.
- Como pode você fazer isso com um homem! – O ódio estava estampado na face dele. Todos os soldados prostraram-se um passo atrás do grão-duque. Ninguém ousaria defender um cristão da ira dele. – Como podes te julgar uma pessoa se compactuas com isso?
- Estes homens estão possuídos pela Diabo, o próprio Inimigo tomou conta de seus corpos. – Apontava o sacerdote para alguns homens presos pelos braços e pernas a parede. – Suas almas já deixaram seus corpos.
- Você me anoja, rato. – Mais um golpe contra o rosto do sacerdote. – Este lugar não merece existir.
- E estas pessoas meu senhor?
- Encerrem a miséria de todas elas, que seus corpos sejam levados para fora e queimados em uma pira funerária, cristãos ou lituânios, que Austaras escolha aqueles que irão adentrar o paraíso.
- E este aqui Senhor. – Apontando para o sacerdote no chão, que os observava atônito.
- Que ele seja amarrado as paredes deste inferno, que este lugar seja queimado e não reste lembrança da maldade perpetrada aqui.
- Não! Vocês não entendem, estes não são mais homens, são demônios, só pensam em matar. Eles ... – Sua fala é interrompida por um golpe de um dos soldados.
- Shverno! – Vira-se o Grão-Duque para ele. – Acompanhe-me, tenho uma missão para você antes de que eu deixe esta cidade. – Acompanhe-me.
- Sim Meu Senhor.
- Quanto a vocês, façam o que eu disse.
- Sim Senhor. – responde todos os guardas ali presentes.
Um a um, os homens presos as paredes tem seus corações perfurados por uma espada. O sacerdote debate-se, dizendo que uma espada não pode matar o demônio, que aqueles homens eram imortais, para ser alvo de risadas e espancamentos dos soldados, sendo preso as paredes.
Cada um deles junta um corpo para leva-lo até a superfície, começando a andar.
Nenhum deles percebe o medo no rosto do sacerdote que olhava fixamente para os corpos. Os soldados, carregam os corpos dos homens da parede com os braços destes arqueados sobre seus ombros, para facilitar a movimentação daquele peso-morto.
O pavor do sacerdote cristão agora é tão grande que sua boca aberta, berra em desespero, porém, sem nenhum som ser emitido. O último dos soldados, caminha em direção a escada, sendo então, tomado por uma dor pavorosa em seu corpo, sem entender direito o que acontece, ele cai, em uma possa, do que, ao tocar, percebe ser sangue, o susto inicial passado, ele encosta a mão no seu pescoço, sentindo uma grande ferida pulsando seu sangue para fora do corpo, mas o que haveria acontecido, pensa ele rapidamente.
Ao tentar colocar-se de pé, uma visão estarrecedora toma-o, um dos homens que acabara de ser morto pela espada daqueles soldados, atacava-o, esta é também sua última visão antes de ser morto por aquele homem.
Os outros soldados que já na escada dão por falta do seu colega, virando-se não o vem, repentinamente, todos sentem um impacto brusco, fazendo-os tombar pela escada, caindo um por cima do outro.
- Mas o que está acontecendo?! – Um deles pergunta.
- O que é aquilo? – Aponta outro, para um dos corpos, que levanta-se, uma grande torção em seu braço em um ângulo não natural mostra que este está quebrado, porém, o sujeito não parece demonstrar dor.
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