- Fale Carl, o que houve com você
e com os outros.
-
Eu... eu... eu não sei. Estávamos posicionados dentro da floresta... observava
a vila, como o Capitão mandou, mal víamos suas tochas percorrendo o centro, e a
tempestade piorava, de repente os gritos começaram a surgir em meio ao ruído da
neve. – Pigarreando. – Nós pensamos que vocês tinham começado a exterminá-los,
o Joachim foi para perto da saída para a estrada, cuidar se alguém tentava
fugir.
-
Sim, continue.
-
Ninguém saia, ficamos ali então, parados, conversando apenas. – Suas mãos
tremem. – Então que ouvimos gritos vindo de algum local estranhamente perto.
Não dava para ter certeza de onde vinham.
-
Mas você disse que ninguém saia da vila. -
Um soldado sentado comendo pergunta de boca cheia.
-
E não era, era o Joachim, eu e o Fritz fomos verificar, Geert e Heinz ficaram
lá observando a cidade. – falava olhando para o chão, tentando recuperar suas
lembranças. – ao chegar onde o Joachim estava, eu vomitei na hora, seu corpo
dilacerado manchava de sangue a neve a sua volta. Estava tudo exposto, alguém
havia comido sua carne.
-
Alguém conseguiu sair da vida e ataca-lo? – Pergunta Schulz.
-
Não, aquilo não era humano. – Responde.
-
Nem aquelas pessoas, foi o próprio Diabo. – Outro soldado completa.
-
Não, aquilo era animal. – Suor descia pelo seu rosto. – Ao me recuperar,
desembainhei minha espada, Fritz já estava em guarda. Mas, onde estavam Geert e
Heinz, novamente gritos, disparamos até eles, eu na frente.
-
Mortos? – Pergunta Markus, de costas.
-
Sim, quando cheguei lá, apenas o corpo de Heinz estava lá destroçado, Geert
havia desaparecido.
-
Espere um minuto, só você chegou lá. E o Friz. – Schulz questiona. – O que
houve com ele?
-
Não sei, ao me virar, ele não estava mais lá. No chão, uma marca de sangue, mas
nada de corpo.
-
E você foi atrás dele? – Um soldado alto, encostado no muro de terra atrás
deles pede.
-
Não, eu sentia que seria o próximo inevitavelmente, não entendia o por que
havia sido poupado, mas agradeci ao Senhor e corri para a estrada, para o lado
o oposto a vila, porém, fiquei exausto por causa da tempestade de neve, mal
conseguia respirar e desmaiei.
-
Rá! De fato, um covarde, ao invés de procurar o Fritz ou ao menos nos avisar,
preferiu fugir. – Um de seus companheiros vocifera para ele. – Devíamos tê-lo
deixado morrer.
-
Calado Leopold. – Comanda o Capitão. – Também fugimos da vila abandonando
nossos companheiros a morte.
-
Mas Capitão, a situação foi diferente e...
-
Silêncio!
- Sim capitão.
– Alguns deles se olham, percebendo que o Capitão está novamente no controle da
situação, este por sua vez torna a cuidara floresta, perceptivelmente algo o incomoda
nela.
- Prossiga
Carl.
- Não há mais
o que falar, Meu Senhor, depois disso acordei sendo ajudado por vocês.
- Senhor, o
que você acha... – Ia Schulz pedir ao Capitão, que o interrompe de forma
brusca.
- Temos de
sair daqui imediatamente, peguem suas coisas e vamos. – Antes que alguém
pudesse falar ele completa. – É uma ordem.
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