sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

B.d.K. Parte 2

O Duque apenas observava em silêncio quando as primeiras saraivadas despontavam da cidade. Vindo cair perto de uma trincheira cavada atrás das tropas sem causar danos.
- Ainda bem que essas armas tem uma mira péssima. – Comentou o Duque. – As torres devem avançar enquanto eles preparam a nova salva, ordene que nossos trebuches foquem nos pontos fortificados, as catapultas devem atacar as proximidades da muralha, o ariete avancará quando tivermos o controle da muralha principal. Alguém cheque o estado do túnel. – E neste ritmo as ordens iam sendo dadas e cumpridas.
Centenas de homens dentro de torres de madeira aproximavam-se das muralhas protegidos da chuva de flechas que viam em cima deles. Nos céus, via-se enxames delas em todas as direções enquanto catapultas e trebuchets davam o tom pesado ao cenário.
No flanco direito uma torre recebe um petardo direto e cae em chamas, com seus ocupantes perecendo. Outras torres já se aproximam, os arqueiros das muralhas deslocam-se a fim de evitar o choque com as tropas pesadas, cavaleiros com a cruz negra em seus hábitos de guerra. No momento da abertura das portas da torres de cerco, centenas de soldados correm para seus inimigos, ao som do metal atritando e dos gritos de dor.
Assim inicia-se o banho de sangue, mais uma vez manchando as terras da região, homens despencam da muralha, caindo mortos dentro e fora da cidade, flechas cravam se nos homens independente do lado, mas aos poucos a pressão das forças lituânias vai aumentando forçando os teutônicos a recuar, na área do portão, uma feroz batalha é travada entre os defensores e os atacantes, sendo vital para a tomada da cidade esta posição.
Os cavaleiros tentam defender sua posição, impedindo o controle do portão, abaixo, o aríete se aproxima, preparando-se para começar seu serviço contra o portão. Como todo o sistema planejado de defesa das muralhas, o portão fica dentro de uma abertura mais profunda na muralha, levando os atacantes diretamente para uma armadilha. Enquanto o aríete ataca ferozmente os portões, óleo fervente derrama-se por buracos nas paredes laterais queimando dolorosamente os ocupantes do carro atacante.
Uma flecha em chama coloca todo o local em chamas, terminando o suplício daqueles que haviam se salvado. O aríete está em chamas, e logo pode ficar destruído, e bloqueando a passagem ao portão, soldados correm para ocupar a posição daqueles mortos enquanto no topo do portão, seus parceiros começam a ter controle do local, expulsando e matando os defensores.
Passa-se tempo nesta verdadeira carnificina escadas já dão acesso a mais soldados, nas ruas, gritos de dor e raiva são ouvidos pelo distrito enquanto sangue flui em todas as direções. Por fim, o aríete rompe o portão, dando abertura para a cavalaria e o resto da infantaria juntarem-se ao combate. O que fazem disparando em uma corrida, para os cavaleiros cristãos, já percebendo a posição indefensável que iriam se colocar, recuam para a próxima linha de defesa, a segunda muralha.
Mas sua posição já estava comprometida, enquanto concentrados na aproximação das forças do Duque pelos distritos da primeira região, não percebem quando sem aviso são atacados pelas costas por centenas de soldados, em um massacre sem chance de revidar, a linha de defesa da segunda muralha é tomada rapidamente, abrindo caminho para a tomada do castelo, os focos de resistência vão sendo varridos dos distritos daquela cidade.
O ponto alto de todo o cerco, o castelo de Königsberg estava a frente, quase que impenetrável, e assim, deu-se a nova faze desta batalha, durante horas alvejado por catapultas, o castelo já tinha partes em chamas enquanto as muralhas sucumbiam diante de tanto estresse. Desde os jardins exteriores até as salas de jantar, quartos e calabouço, homens tiravam as vidas de outros homens em nome de seus deuses, seus senhores, seus países.

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