sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

B.d.K. 6 - O julgamento 2.


- Dália, Deusa do Destino e Tecelã da Corda da Vida, me permite hoje decidir sobre vocês.
Muitos choravam, outros apenas olhavam, perplexos demais para reagir, mas ninguém ousaria fazê-lo, dada a presença da guarda pessoal do Duque e outra centena de soldados ali.
- Mas, melhor que isso, serei clemente para com vocês, dar-lhe-eis uma chance. – Seus passos interrompem acima de uma pilha de escombros, dando visão a todos. – Há alguém aqui que adorou secretamente, os deuses dos antigos lituânios? – Vários levantaram-se, com uma esperança no rosto, certos de sua liberdade e absolvição. – Soldados, levem estas pessoas daqui, que a cada um deles seja pedido o nome de 3 deuses exceto a Dália, aqueles que souberem, que lhes seja dada a liberdade a sua família, seus bens devolvidos e sua casa seja a primeira a ser reconstruída. Aqueles que não souberem o nome dos nossos deuses e apenas mentirem para salvarem suas vida, que seja estes empalados e deixados a morrer dolorosamente na entrada da cidade, para que sofram por negar a seu deus, mentir e tentar enganar-me e desrespeitar os nossos deuses.
O desespero estampou-se na face de muitos deles, daqueles cuja vida, valia mais do que suas convicções. - Aqueles que tentarem fugir ou recusarem-se a dizer os nomes, que sejam estes levados ao calabouço e torturados para arrependerem-se de suas palavras, e então, que sejam suspendidos pelos seus ânus, para que sofram mais daqueles que mentirem.
- Há alguém aqui que. – Voltando-se as outras pessoas. – gostaria de aceitar os nossos meios, nossos deuses, e nossa vida? – Sua voz tornando-se incisava. – Vejam bem, serão julgados pelas nossas leis e nossos costumes, pagarão nossos impostos e aceitarão nossos deuses, aqueles que aceitarem viver assim e tentarem voltar para seus antigos meios, não serão poupados, aqueles seguirem nossas regras, poderão viver suas vidas normalmente.
            Uma grande parcela daquelas pessoas, diga-se que perto metade levantou-se. Muitos por genuína frustração para a opressão de seus antigos senhores, a exploração de seu trabalho, e as leis destes que os obrigavam a coisas humilhantes, e para quem o deus destes senhores, jamais foi clemente, além do ponto de pedir submissão a isso.  Outros, por puro oportunismo, para quem um deus ou vários era apenas uma máscara, e sua intenção era permanecer vivo, independente de qual bandeira tremulasse no forte. Já o terceiro grupo era daqueles que temiam o destino dos cristãos que assumissem sua fé independente do destino, aqueles que já haviam sofrido demais e não queiram cair vítima do suplício de outro senhor como vingança de atos que não cometeram.
- Levem estes, e que lhes sejam devolvidos os pertencentes e suas casas, que assumam suas novas vidas, os símbolos de suas antigas crenças sejam destruídos e que comecem assim que possível.
- Para vocês, que verdadeiramente, aceitam sua fé e seu deus, serei clemente, lhes dou uma chance. – Apontando para o Oeste. – Naquela direção, ficam os reinos cristãos e as terras da Ordem, para lá encontrarão o Sacro Império e os poloneses também. Dou-lhes minha palavra de salvo conduto, não serão atacados ou saqueados pelas tropas que eu comando. Não poderão levar nada além da roupa que lhes cai e uma porção de comida e água para cada um, que deverá durar 5 dias, a partir de então, deverão buscar comida por vossa capacidade. Que não seja ela a pilhagem e o saque de outras vilas, pois caso eu tome nota, vocês serão perseguidos e passados a o fio da espada.

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