sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

B.d.K. 13 - A Missão 2.


- Desde seu último contato, ele informou ter tomado lugar na cidade como um mercador de tecidos. Deves chegar a estes e dizer-lhes que trazes panos e tecidos que nem mesmo mongóis dinamarqueses ou lituânios poderiam tecer, mas apenas um ser divino poderia lhes ter.
- Apenas isto?
- Não, ele responderá pedindo do que é feito este tecido. – Apontando para Shverno – Você deverá responder a ele são tecidos com os fios do destino pela tecelã suprema onde os fios do futuro entrelaçam-se com as cordas do passado criando este emaranhado que lhe possibilita entender, aquele que este pano deter, as nuances deste mundo.
- É uma grande frase para uma palavra código.
- Ou tu serás identificado pelo mesmo ou outros pensarão que és um comerciante extravagante e nada mais.
- Talvez prendam-me por loucura.
- Tudo é possível. – O Grão Duque puxa do seu pescoço um pingente. – Tome, leve como garantia este pingente, cada um dos nossos agente possui um destes.
- Um crucifixo, e um tanto grande para o padrão dos cristãos? – Olhava Shverno para aquele crucifixo do tamanho da palma de uma mão.
- Sim, dentro dele há uma pequena imagem de Dievas e um recado confirmando que aquele que porta esta estátua é autorizado por mim. – virando-se. – Tome cuidado para que ninguém descubra-a, isso poderia arriscara vida de muitos dos nossos e você seria morto certamente.
- Sim Meu Senhor, e o que fará o senhor? – Colocando o pingente.
- Devo voltar para capital, reorganizar nossas forças e avaliar como estão as fronteiras, creio que os dinamarqueses não tardarão em atacar-nos e tentarem tomar nossas terras ao norte, expandindo seu império ao sul. – Virando-se e caminhando. – Espero que cumpras esta missão e quero ouvir notícias suas em breve.
- Sim Meu senhor. – Shverno também já colocava-se em seu caminho quando Vaisvilkas volta a chama-lo.
- Shverno!
- Sim Meu Senhor.
- Você havia comentado que algumas daquelas pessoas na câmara de tortura não era lituânios. Eram eles moradores desta cidade?
- Não Senhor.
- De onde eram então?
- Oeste, chegaram aqui algumas semanas antes de erguermos o cerco a cidade.
- E como sabes disso?
- Os padres mantinham um registro de quem entrava e saia daquele local. Estas pessoas, me parece, chegaram com algum tipo de problema, pois não se estabeleceram na cidade. Foram diretamente para a prisão. Algo neles assustava a guardas e padres.
- Os textos não são claros, eles são torturados e obrigados a confessar seus pecados. Alguns deles morrem, porém, a partir de certo ponto os escritos se referem a eles como mortos errantes, demônios devoradores, e outros termos.
- Então, ele vieram de Danzig?
- Possivelmente foi um dos locais.
- Outro motivo para preocupar-me com o que acontece para estas regiões. – Vaisvilkas vira-se e começa novamente a andar. – Você tem sua missão.
- Sim Meu Senhor, haverei de cumpri-la.
Shverno vai em direção aos estábulos, precisaria preparar-se para a longa viagem, seriam necessários vários tipos de arranjos para que toda aquela história funciona-se como era esperado. Mas ele tinha uma cidade a sua disposição.

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