sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Batalha de Königsberg.





Local: Cidade Fortificada de Königsberg - Província de Königsberg.
Território sobre proteção da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos de Santa Maria de Jerusalém.
Ano: Nos finais de Janeiro de 1255 da Era Cristã.

O cerco já durava 1 mês, pouco tempo para os cercos normais, ainda mais em frente a um inimigo tão tenaz como a Ordem.
O Grão Duque Vaisvilkas da Lituânia observava seu mapa de batalha na presença de alguns generais.  Alguns anos a situação parecia muito mais desesperadora, as forças da Ordem Teutônica, com ajuda do Reino da Polônia, do Sacro-Império e de nobres europeus falidos em busca de fama e riqueza através do saque das suas terras haviam se unido em uma chamada “Cruzada do Norte”.
            Sobre a bandeira da cristianização das terras pagãs da Lituânia, milhares haviam perecido sobre as espadas cristãs, saques e violência arrasavam as terras dos feudos lituânios não fosse a intervenção do Duque unificando todos os territórios pagãos do Báltico. Já haviam se passado 25 anos desde o início desta guerra, o antigo ducado de seu pai agora formava um grande e poderoso império pagão em meio a diversas nações cristãs, o último bastião dos antigos costumes, mantido com todo o vigor pelos soldados e pelo povo.
            A apenas 8 anos, essa mesma guerra parecia perdida, os saques e as execuções eram diárias, os exércitos do deus cristão marchavam sobre as terras lituânias espalhando morte e dor, fogueiras queimavam para as sacerdotisas e sacerdotes da velha religião. E agora isso, um dos principais bastiões cristãos sobre cerco, dos quais o porto e a cidade eram pontos de partida para as operações no território lituânio, e nenhuma resistência desde a entrada no condado, a cidade cercada sem contratempos? Não era costume da Ordem não resistir até o último homem.
- O que está acontecendo?! – Pensava enquanto observava os mapas da cidade e dos entornos da região em silêncio.
- Meu Senhor! – entra na tenta de comando um soldado armado em uma pesada armadura de aço. Coisa inimaginável a duas décadas atrás, quando os combates eram feito por tropas leves, atacando e fugindo. – Os trebuchets estão prontos, todos aguardam suas ordens.
- Sim, dispensado. – Respondeu unicamente o Duque, ainda em seus pensamentos, mas era chegada hora. Caminhando até a saída da tenda, entoava em voz baixa. – Dievas, guie meus caminhos nesta batalha. Que sejam minhas flechas como os raios Perkūnas e minhas armas como o toque Giltinė, Deusa da Morte e ceifadora das vidas humanas.
            Lá fora, 4000 homens esperavam as ordens dos seus comandantes, não havia medo em suas faces, mas ressentimento quanto as lembranças do que os homens dentro daquelas muralhas haviam praticado nos anos que já estavam no passado.
Valyskas caminhando em direção ao ponto onde poderia falar e ver a todos os seus homens começava suas palavras de força, comuns ao iniciar a batalha.
Um discurso citando os valores daquele povo, seus deuses, suas famílias, a honra, inflamando o espírito de cada um. Ao fim de suas palavras e com um sinal de sua mão, começava o bombardeio da cidade pelas enormes bolas flamejantes dos gigantescos trebuchets. O som das engrenagens movendo-se e o som dos petardos rasgava o silêncio daquela manhã, enquanto milhares de urros faziam-se ecoar pela região.
- Lá se vai a primeira salva, logo eles devem responder. – Disse atrás do Duque seu escudeiro. – Veja, a torre da Igreja foi atingida, isso deve amaciar a moral deles Meu Senhor.

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