sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

B.d.K. 8 - A Catedral.


Pouco a pouco, algumas das pessoas foram levantando-se, com os pensamento para onde ir, decidiam-se, pequenos grupos formavam, alguns, de espírito mais forte, tomavam a liderança e punham-se a andar, com sua famílias e amigos, ou grupos, em direção a muralha da cidade e seus novos destinos, que esperança de atravessar uma zona de guerra? Poucas, mas melhor do que perecer ali.
- Ali Senhor. – Apontou o arqueiro para a grande construção que se erguia muito acima do resto da cidade, de forma majestosa, como as catedrais católicas tinham o costume de ser, de mostrar opulência, poder, organização diante dos homens, impressionante de fato.

- Devemos dar os parabéns a estes cristãos. – Exclamou o Duque. – Temos que aprender com eles, pois sabem como usar a maçonaria de uma forma impressionante. Soldado, peça que os engenheiros da corte estudem essa cidade de cima a baixo, que tenhamos todos seus segredos prontos para engrandecer e glorificar a nossa terra e nossos deuses.
- Sim Meu Senhor. Que assim seja. – Curvou-se o soldado, retirando-se.
Na catedral, uma dezena de soldados guardavam sua entrada e imediações, todos tomando posição de respeito conforme o Duque se aproximava com sua guarda pessoal.
- O que acontece aqui? Onde está Shverno? Por que vocês estão aqui?
- Ele está dentro da Catedral Senhor. O Sacerdote pediu que viéssemos acompanhá-lo. Outros estão lá dentro
- Adiante então soldado.
Uma grande escadaria separava a Catedral, elevando-a ainda mais acima da cidade, representando o poder da Igreja acima dos assuntos mundanos do mundo, diferença entre teoria e prática era clara para todos os pagãos ali presente, pela qual as vidas haviam sido modificadas pelas incursões de uma Igreja sedenta de poder e dinheiro.
Quando soldado e o Grão-Duque chegavam a porta, alguns soldados vem em sentido contrário cambaleantes, um deles, agachando-se, vomita logo ao sair da construção, outros apoiam-se nas paredes.
- O que há com eles?
- Não sei meu senhor, apenas ouvi comentarem que após o sacerdote entrar em um local, um cheiro podre surgiu e impregnou o local, estes chegaram a pouco tempo, talvez pensando em pilhar algo.
- Mande alguém busca-los, e que esteja proibida todo o saque desta cidade que agora nos pertence, mande essa mensagem a todos, e que estes ali sejam colocados como guardas nas muralhas.
- Sim alteza. – Um soldado da guarda pessoal que acompanhava-os responde, virando-se para cumprir as ordens.
            O interior da catedral era de uma beleza enorme, grades vitrais coloridos enfeitavam as paredes, este tipo de “janela” não permitia a entrada de grandes quantidades de luz durante o dia, deixando sempre um aspecto mais sombrio no seu interior, algo que funcionava bem para com iletrados temerosos das punições divinas.
O teto era alto, sustentado por grandes vigas que irradiavam-se no alto, havia um elevado onde o coral se prostrava, no fundo, longe das cadeiras do fieis, um grande altar dourado, com imagem dos santos e de Jesus. Era inegável o efeito daquela construção sobre as pessoas. No fundo, atrás do altar havia entradas que levava aos aposentos dos sacerdotes e as salas administrativas da Igreja, numa destas entradas Shverno aguardava. Para lá caminharam o Grão-Duque e sua escolta.
- Bem vindo, Meu Senhor. – Recepciona-os o sacerdote pagão. – Os cristãos roer-se-iam de ódio ao ver um sacerdote pagão investigando seus segredos.

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