- Não há nada Capitão. – Continua Moritz, sem abaixar o tom de voz. – Dietrich, você está bem?
- Estou muito cansado, preciso parar. – Responde.
- Não podemos parar, temos de continuar até Frankfurt. – Markus fala para seu subordinado. – Este local não é seguro.
- Pare de delirar Capitão, o senhor está fora de si. – Sua voz ainda alta. – Não há perigo.
- Como não havia perigo nenhum na vila, e agora 40 dos meus homens estão mortos por pessoas que os comeram vivos. – Sua voz já exacerba raiva.
Moritz fica em silêncio mas logo volta ao debate.
- Mas não é o caso agora, precisamos descansar para poder continuar.
- Não, vamos avançar, quem não puder andar, que peça ajuda. – Apontando para Dietrich e Moritz. – Isso inclui vocês.
- Não Capitão, eu não irei, nem o Dietrich, ficaremos aqui e nos recuperaremos antes que seus devaneios matem a todos nós, quem quiser que fique conosco e sobreviva.
Outro soldado, Rudolf, vem para o lado de seus amigos, passando pelo capitão que parece ignorá-lo. A meio caminho entre o Capitão e os dois outros soldados, ele ouve um grito do Capitão.
- CUIDADO! - Apontando para uma parte da floresta.
Voltando-se para o lado, tem ainda tempo de perceber uma silhueta se movendo em sua direção, uma enorme pressão faz com que seu corpo despenque para o chão, um cheiro pútrido emana até sua narinas, então a dor e tudo fica escuro.
Seus amigos podem fazer pouco para evitar que aquela coisa lhe arranque a vida com uma mordida diretamente em sua jugular, sangue jorrando de seu pescoço. A vida já havia o deixado quando seu corpo começa a ser devorado.
Dietrich e Moritz ficam separados de seus amigos, com um súbito golpe de energia circundam a criatura e juntam-se ao resto deles. Da floresta outra desta aparece, e caminha em direção a eles, logo ficando sobre a luz das tochas.
- Meu Deus, o que é isso? – Moritz grita.
- É um lobo.
- Acho que foi a silhueta deste monstro que vi na floresta antes de desmaiar. – Comenta Carl enquanto aquele lobo avança sobre eles.
- Olhem o rosto dele, este animal deveria estar morto.
- Como as pessoas daquela cidade.
Verdadeiramente, aquele animal estava morto, ao menos em aparência. Parte do sua cabeça não possui pele, seu focinho deixa os ossos amostra, o lado direito do animal possui nacos de pele e carne podre por sobre as costelas, uma das patas tem seus músculo expostos. Uma verdadeira criatura infernal.
Aquela criatura putrefata para diante deles, com seus dentes amostra tanto como sinal de ameaça como pela falta de carne no rosto, porém, Markus percebe que aquele não é o padrão normal de caça de um lobo, ou sequer defesa de território, uma alcateia é sempre maior, e ali estão dois lobos, ou outros estão escondidos ou estes dois não estão agindo da forma comum, nem mesmo a postura é de caça, aquilo é apenas ameaça, estão atacando não para defender a cria ou o território, mas por algum desejo bem mais brutal, comer, que é o que faz o outro lobo com seu colega morto.
Todos sabem que lutar não é a resposta, confirmada pelo surgimento de um terceiro lobo da floresta, que voa diretamente no rosto do soldado Gregor, este solta um breve som antes de morrer. Markus ordena imediatamente que todos corram em direção a Frankfurt e é o que fazem, sendo seguidos por aquele lobo que estava parado, Moritz tenta defender-se com a espada ao invés de correr, desferindo um golpe em direção ao animal que por pouco consegue desviar mordendo seu braço. Os ossos quebram enquanto a criatura pressiona-se contra seu corpo derrubando-o, sangue lava a neve. Por sorte, consegue desviar uma mordida da criatura, segurando seu focinho com as mãos, da sua boca, um odor fétido é emanado, uma baba pestilenta pinga sobre seu rosto.
Esse golpe de sorte não dura muito, outro logo surge tornando impossível a resistência, uma mordida em seu outro braço debilita-o demais para resistir, seus músculos sedem a força daqueles animais, tamanha dor faz com que desmaie, em segundos, seu corpo está sendo consumido pelos lobos.
Esse golpe de sorte não dura muito, outro logo surge tornando impossível a resistência, uma mordida em seu outro braço debilita-o demais para resistir, seus músculos sedem a força daqueles animais, tamanha dor faz com que desmaie, em segundos, seu corpo está sendo consumido pelos lobos.
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